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Conjugalidade e Parentalidade: Somos pais sempre e para sempre.

Começamos a nossa vida em casal a dois. Somos um mais um, que se unem nas suas individualidades, particularidades, preferências... Nem sempre é fácil, mas o amor ajuda a que tenhamos espaço e vontade de alojar o outro na nossa vida. Lentamente ou rapidamente (dependendo da circunstâncias e das escolhas), permitimos que nesta relação conjugal se encontrem as necessidades e caminhem lado a lado, rumo aos objetivos e aos sonhos.
Num dado momento do caminho achamos a vontade de sermos mais, de crescermos de darmos a mão e acolhermos na nossa existência a dois uma nova vida. Acho que muito poucos saberão do que realmente se trata (isto de sermos pais), até que nos acontece. Num momento incerto descobrimos que a matemática já não é feita de números certos, tudo se multiplica e sentimos necessidade de nos dividirmos em vários papéis. Somos Eu, Nós e para Ele(s)...

Por vezes, nesta nova arrumação da nossa vida fica difícil de encontrar um lugar para tudo o que queremos ser e fazer. Sermos pais muda a forma como nos vemos, como encaramos o trabalho, a profissão, o futuro... A parentalidade no casal é um desafio, como o terá sido a convivência na mesma casa, a conciliação das famílias, o planeamo do futuro, a gestão das tarefas... Por vezes, a conjugalidade não sobrevive ao teste do tempo e das dificuldades, mas a parentalidade permanece. Não deixamos de ser pais daquela(s) pequenas (ou grandes) pessoas, mesmo quando deixamos de ser casal. É por isso que considero que, mais do que procurarem formas de apoiar a criança/jovem no ajuste à separação ou divórcio dos pais, podem eles mesmos encontrar no aconselhamento parental, um suporte para que esta fase seja uma reorganização dos papéis e lugares, sem que se retire espaço a cada um.

O Aconselhamento Parental pode ter um papel fundamental em momentos em que os pais estão a ter dificuldade em comunicar ou focar-se na relação parental, nomeadamente quando estão a considerar ou a passar por uma separação ou divórcio. Centrados no bem-estar e educação da criança, procuramos auxiliar na resolução de divergências, encorajando uma abordagem cooperante e colaborativa na qual os pais são os principais protagonistas nas decisões familiares, e participam activamente no estabelecimento de acordos.

Consideramos que é possível fazer perdurar o sentido de família para além da separação do casal, e de que a ruptura conjugal não encerra a responsabilidade comum sobre os filhos, nem deverá trazer dificuldades ao relacionamento com ambos os progenitores. 

Não fique preso às dificuldades, procure ajuda.

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